Grupo aposta em estratégia diversificada e foco na retenção para equilibrar cenário desafiador no setor de educação
Enfrentando o impacto da evasão escolar, da inadimplência e dos juros altos, a Ânima Educação tem encontrado em seus cursos de medicina um antídoto eficaz contra os desafios do setor. A vertical Inspirali, que reúne essas graduações, responde hoje por metade da rentabilidade do grupo — mesmo reunindo menos de 5% dos alunos matriculados.
Em entrevista ao InvestNews, a CEO Paula Harraca destacou a cautela na gestão e a eficiência como chaves para enfrentar um ambiente ainda instável. A executiva, que assumiu a liderança da companhia em junho de 2024, também apontou avanços importantes como a elevação da margem de EBITDA para 27% e a elevação da nota de crédito da empresa pela Fitch para AA.
A expectativa é que os cursos de medicina sigam em expansão, com 23 novas propostas aprovadas no programa Mais Médicos III. Esse crescimento ajuda a compensar a retração de 5% esperada no ensino digital — segmento que ainda representa um quarto da base de alunos da Ânima e que passará por reformulações diante da nova regulação do MEC.
Para conter a evasão, a Ânima vem implementando programas de nivelamento, com foco em habilidades socioemocionais, raciocínio lógico e interpretação de texto. Segundo Paula, o objetivo é não apenas segurar os alunos nas cadeiras, mas também garantir uma jornada de aprendizado mais sólida. “As pessoas geram o resultado, mas sem resultado a empresa não tem perenidade”, resume.
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